Neuroreabilitação

O que é neuroreabilitação?

Medicina Física e Reabilitação é a área médica que visa tratar o paciente que sofreu alguma lesão ou doença que atinja diretamente a sua capacidade física e/ou cognitiva. No meu caso, atuo com foco especialmente voltado para a reabilitação de pessoas com sequelas neurológicas, área chamada de Neuroreabilitação.

Trata-se de um conceito relativamente novo na Medicina, no qual o diagnóstico de um quadro crônico e/ou degenerativo não é mais aceito como uma sentença de isolamento social ou de privação total das suas funcionalidades. O objetivo deste tratamento de reabilitação é devolver ao paciente a sua funcionalidade e melhorar a sua qualidade de vida, dentro de suas possibilidades.

Hoje, o universo da Neuroreabilitação conta com diversas alternativas terapêuticas. O médico neurologista (ou fisiatra) atua nesses casos como o maestro de uma grande orquestra. Ou seja, ele conta com diversas outras especialidades e subespecialidades que trabalham de forma inter e/ou multidisciplinar, conforme o plano de tratamento individualizado traçado para cada paciente.

Há, portanto, uma ampla gama de expertises e abordagens que se somam para benefício desses pacientes. Quando falamos em Neuroreabilitação: Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Fisiatria e Neuropsicologia são apenas alguns exemplos de áreas geralmente indispensáveis. Cabe destacar também a importância ímpar dos tratamentos com toxina botulínica na área neurológica, que cada vez mais se consolidam como de fundamental importância para proporcionar melhores condições de manejo, de conforto e de mobilidade para esses pacientes.

Benefícios da neuroreabilitação

Embora as expectativas possíveis variem muito de caso para caso, de uma maneira geral, um programa de Neuroreabilitação pode oferecer:

Praticamente todas as doenças que causem danos e sequelas neurológicas ao paciente, sejam elas no plano físico, mental ou cognitivo, merecem ser abordadas sob a ótica da Neuroreabilitação. Quadros de ordem genética, sequelas de quadros infecciosos, complicações de parto, traumas cerebrais e as doenças neurodegenerativas em geral se candidatam a um plano de tratamento que siga esses preceitos. O primeiro passo é o paciente se submeter à avaliação de um neurologista ou neurologista infantil. A partir daí, o especialista poderá identificar as condutas mais desejáveis para a sua situação específica.